
Um macaco de bomba é visto ao nascer do sol em 14 de outubro de 2014, perto de Bakersfield, Califórnia. REUTERS/Lucy Nicholson/Foto de arquivo Obtenha direitos de licença
Londres, ago. 30 (Reuters) – Furacões no Golfo do México deixaram os investidores nervosos depois que os estoques de petróleo bruto no maior consumidor de combustível do mundo, os Estados Unidos, caíram drasticamente.
O petróleo Brent para entrega em outubro subiu 42 centavos, ou 0,49%, para US$ 85,91 o barril às 07h48 GMT. O contrato de outubro expira na quinta-feira e o contrato mais ativo de novembro subiu 41 centavos, para US$ 85,32.
Os futuros do petróleo bruto West Texas Intermediate subiram 50 centavos, ou 0,62%, para US$ 81,66.
Ambos os índices de referência subiram em relação ao dólar na terça-feira, com a moeda norte-americana a cair depois de dados fracos sobre o emprego nos EUA terem diminuído as perspectivas de novos aumentos nas taxas de juro.
Os estoques de petróleo bruto dos EUA caíram mais do que o esperado, 11,5 milhões de barris, na semana encerrada em 25 de agosto, disseram fontes do mercado, citando dados do American Petroleum Institute.
O analista da Fujitomi Securities, Toshitaka Tazawa, disse que a queda indica uma demanda firme.
Os investidores ficaram de olho na passagem do furacão Itália para o Golfo do México, a leste dos principais locais de produção de petróleo e gás natural dos EUA. Segundo a Energy Information Administration, a região é responsável por 15% da produção de petróleo dos EUA e 5% da produção de gás natural.
A grande petrolífera Chevron Corp (CVX.N) retirou alguns trabalhadores da região, mas a produção continuou.
Noutros países, os analistas esperam que a Arábia Saudita, o maior exportador de petróleo do mundo, prolongue os seus cortes voluntários na produção até Outubro para manter a oferta de petróleo restrita.
Com base nessa expectativa, fontes de refino consultadas pela Reuters previram que os preços oficiais de venda da Arábia Saudita para todos os tipos de petróleo bruto vendidos à Ásia em outubro seriam os mais altos deste ano.
Entretanto, os militares tomaram o poder no Gabão na quarta-feira, o que afectará o abastecimento de petróleo do país e apertará ainda mais o mercado. O Gabão exportou uma média de 160 mil barris por dia para a Ásia de maio a julho, mostraram dados de rastreamento de navios Kpler.
No entanto, os ganhos do petróleo foram limitados pelas preocupações quanto à procura de combustível e por uma situação económica mista na China, o maior importador de petróleo do mundo.
Reportagem de Paul Karsten em Londres, Yuka Obayashi em Tóquio e Trixie Yap em Cingapura Edição de David Goodman
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